Um mergulho no Rio – 100 anos de moda e comportamento na praia carioca' traz depoimentos de Monique Evans e Luiza Brunet, entre outras.
Banhistas na praia de Copacabana, em 1919:
mulheres de vestido e
touquinha e homens de macaquinho
(Foto: Revista da Semana/Divulgação)
O biquíni, quem diria, foi inventado por um francês, Louis Réard. Em 1946, ele
apresentou uma calcinha em formato triangular, que deixava quadril e
umbigo de fora. Foi logo batizada de biquíni, em referência ao atol
Bikini, no Oceano Pacífico. Essas e outras histórias estão no livro “Um
mergulho no Rio – 100 anos de moda
e comportamento na praia carioca” (Casa da Palavra, 360 páginas, R$
80), da jornalista Márcia Disitzer, que mostra a evolução dos trajes de
banho nas areias cariocas - há fotos desde 1919, quando as mulheres
ainda iam à praia de vestidos e touquinhas.
A moda na praia Ipanema, em 1950
(Foto: O Cruzeiro/Divulgação)
(Foto: O Cruzeiro/Divulgação)
E se é o Rio que dita a moda que estará nas praias de todo o país, já
era assim em 1948, quando a alemã Miriam Etz apareceu com um biquininho
na praia do Diabo, na Zona Sul da cidade. “O biquíni não foi uma moda
que pegou de imediato. Exigiu um tempo de maturação de ideais, de
absorção de novos conceitos, de revisão de comportamentos. Antes que
emplacasse de vez, foi precedido por maiôs feitos sob encomenda,
modelados em cetim, algodão ou brocado, arrematados com elásticos. Os de
duas-peças traziam detalhes, estampas, franzidos, laços, babados e
saiotes. Avançava-se nas cavas e nos decotes, sempre um passo de cada
vez”, diz a autora no livro.
A obra relembra a trajetória dos biquínis e das musas do verão carioca, como Monique Evans e Rose di Primo, na década de 70. “Fazia meus próprios biquínis. Lembro-me de alguns modelos que criei, calcinha de chita e sutiã de couro e crochê. Nunca usei biquíni baixinho, sempre gostei de usar as laterais para cima, por achar que o corpo da mulher fica mais alongado assim”, conta Monique na obra.
Rose, que ganhou fama ao posar de biquíni em cima de uma moto na capa da revista “Manchete”, diz que sem querer inventou o modelo de lacinho. “Depois de passar muito tempo tentando subir o biquíni de elástico pernas acima, inovei e fiz uma calcinha com umas tiras para amarrar. Sem querer, bolei o biquíni de lacinho. Quando desci em Ipanema usando esse modelo, foi um escândalo, teve gente que saiu de perto de mim”.
A obra relembra a trajetória dos biquínis e das musas do verão carioca, como Monique Evans e Rose di Primo, na década de 70. “Fazia meus próprios biquínis. Lembro-me de alguns modelos que criei, calcinha de chita e sutiã de couro e crochê. Nunca usei biquíni baixinho, sempre gostei de usar as laterais para cima, por achar que o corpo da mulher fica mais alongado assim”, conta Monique na obra.
Rose, que ganhou fama ao posar de biquíni em cima de uma moto na capa da revista “Manchete”, diz que sem querer inventou o modelo de lacinho. “Depois de passar muito tempo tentando subir o biquíni de elástico pernas acima, inovei e fiz uma calcinha com umas tiras para amarrar. Sem querer, bolei o biquíni de lacinho. Quando desci em Ipanema usando esse modelo, foi um escândalo, teve gente que saiu de perto de mim”.
Magda Cotrofe em anúncio de moda praia, nos
anos 1980 (Foto: Divulgação)
anos 1980 (Foto: Divulgação)
Musas dos anos 1980, Luiza Brunet e Magda Cotofre também deram relatos.
“Na década de 1980, usei biquíni asa-delta e até o fio dental, com
aquele fiozinho no bumbum, sem o menor preconceito. Os modelos eram em
tons cítricos. Todo mundo usava”, diz Luiza. “Era o mínimo do mínimo e
eu usei direto”, conta Magda, sobre os biquínis minúsculos que usava na
mesma época. “Além do fio dental, lembro-me de usar acessórios
marcantes, como viseiras e bijus de acrílico, dos tons fluorescentes, e
até de um macaquinho de lycra de duas cores que fazia as vezes de saída
de praia”.
Além das curiosidades históricas e dos depoimentos de quem marcou os verões cariocas no último século, o livro traz textos assinados por personalidades como o autor Ruy Castro e a chefe Flávia Quaresma.
Além das curiosidades históricas e dos depoimentos de quem marcou os verões cariocas no último século, o livro traz textos assinados por personalidades como o autor Ruy Castro e a chefe Flávia Quaresma.
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