quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Uso dos termos...


       

Fonte: Shutterstock
É preciso conhecer e, principalmente, ensinar os novos conceitos de gênero aos jovens
Educação sexual não costuma ser um tema frequentemente abordado nas escolas fora das aulas de biologia, no entanto, é algo muito presente na vida dos jovens que estão formando suas personalidades e, para tanto, precisam enxergar a escola como um local aberto ao diálogo e a aceitação.

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Nesse sentido, é preciso conhecer e, principalmente, ensinar os novos conceitos de gênero aos jovens. Para ajudar na tarefa de apresentar tais ideias aos estudantes, a Universia Brasil preparou uma lista de palavras relacionadas ao vocabulário dos gêneros. Confira:

Sexo
Essa definição está ligada a fatores exclusivamente biológicos, como os órgãos reprodutores, cromossomos e hormônios. Trata-se da diferenciação entre sexo masculino, feminino ou a intersexualidade, que seria o caso de pessoas com ambiguidades em relação aos caracteres sexuais (órgãos reprodutores, cromossomos e hormônios). Usar o termo hermafrodita para esses casos não é indicado, pois tal palavra costuma se referir apenas a pessoa com características masculinas e femininas nos órgãos reprodutores, o que não abrange a totalidade de possibilidades da intersexualidade.

Gênero
Diferentemente do sexo, que é biológico, o gênero aborda as questões psicológicas, sociais e históricas relacionadas às definições de masculino e feminino. Os comportamentos derivados dessas noções, que são relacionados ao sexo masculino ou feminino, são compreendidos como o papel de gênero.

Identidade de gênero
Esse conceito diz respeito a como as pessoas se identificam em relação aos gêneros masculino e feminino. Não necessariamente uma pessoa se identifica com o gênero relacionado ao seu sexo, o que a caracteriza como transgênero.

Não conformidade de gênero
Nesse caso, são pessoas que não agem de acordo com o papel de gênero relacionado ao seu sexo, por exemplo, mulheres que não se adequam ao comportamento que a sociedade considera feminino. É muito comum que essas pessoas sejam vistas como homossexuais, no entanto, a não conformidade de gênero não está relacionada com a orientação sexual.

Transgênero
Transgêneros são aqueles cuja identidade de gênero é diferente do gênero associado ao seu sexo. A abreviatura Trans* (com o asterisco) se justifica pela grande diversidade de identidades transgêneras, como crossdressers – pessoas que se vestem ou usam acessórios identificados com outro gênero que não o representado pelo sexo, porém, de maneira não relacionada à orientação sexual – travestis, que se vestem e agem como pessoas de outro sexo que não o seu e transexuais, que são aqueles que, por não se identificarem com o próprio corpo, optam por fazer uma mudança cirúrgica nos órgãos reprodutores, entre outras identidades.

Pangênero
Uma pessoa que se considere pangênera não encaixa sua sexualidade em termos binários, ou seja, não se identifica unicamente com os gêneros masculino e feminino, podendo inclusive se identificar com ambos ao mesmo tempo ou com nenhum dos dois. Em muitos casos, é associado à criação de um terceiro gênero, o misto.

Cisgênero
São as pessoas cuja identidade de gênero coincide com o gênero relacionado ao seu sexo, por exemplo, alguém que nasceu mulher e se considera desta forma.

Orientação Sexual
Trata-se da maneira como a pessoa se sente sexualmente atraída por outras. Dentro desse termo se encaixam a heterossexualidade, na qual alguém se interessa por pessoas de outro sexo, homossexualidade, caracterizada pela atração por pessoas do mesmo sexo, bissexualidade, que seria a atração pelos gêneros feminino e masculino, assexualidade, que é a ausência de atração sexual por qualquer gênero e a pansexualidade, na qual a atração ocorre independentemente do gênero, supondo que hajam muitos níveis de gênero além de masculino e feminino.

Devido a grande variedade de termos e de identidades de gênero, surgiu na internet um movimento contra a determinação do gênero pela linguagem, algo que Roland Barthes já classificava como o Fascismo da Linguagem em seu livro Aula, de 1977. Atualmente, é muito comum encontrar textos utilizando a terminologia “el(x)”, a supressão de letras como em “tods” (todos), “ou o uso do e, como em “menines” que costuma ser mais utilizado pela facilidade de pronúncia.


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