sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sobre a festa da Câmara Federal e o fiásco da política brasileira

Diante da repercussão negativa em relação à sua decisão de garantir, a cônjuges de deputados e deputadas, o direito a passagens aéreas custeadas pela Câmara Federal, Eduardo Cunha, raposa ladina da política, é capaz - para limpar sua barra e ter uma trégua da enxurrada de críticas - de reconhecer a existência de casais homoafetivos e a validade da união estável homoafetiva, realidades que, antes e em outras momentos, ele nega e ataca.
Cunha fez esse reconhecimento indireto ao... dizer, à imprensa, que o benefício (o custeio das passagens áreas pela Câmara Federal) se estende aos "cônjuges dos deputados gays" da casa (http://goo.gl/zJPb8M). Ora, essa declaração não poderia ser mais cínica e oportunista! Não há nenhum outro deputado gay além de mim na Câmara Federal e não há nenhuma deputada lésbica (claro que os que estão no armário não contam, pois, para fim de reconhecimento, é preciso visibilidade). E eu - único parlamentar homossexual assumido da casa - ABRI MÃO DESSE BENEFÍCIO antes mesmo de Cunha dar sua declaração à imprensa (http://glo.bo/1DWz5t6). O que ele pretende com esse oportunista reconhecimento da cidadania LGBT é esconder o fato de que a reivindicação pelo custeio das passagens áreas de cônjuges de deputados e deputadas veio da bancada evangélica, que condicionou seu apoio à eleição de Cunha pra presidência da Câmara ao atendimento dessa reivindicação.
Portanto, ainda que Cunha agora seja capaz de imaginar uma bancada de parlamentares gays e lésbicas, o benefício foi criado para atender principalmente à bancada evangélica. Que ele não tente pôr em minha conta - já que sou o único gay assumido - esse descalabro! Não nos esqueçamos de que Cunha é autor de projetos de lei contrários à cidadania e à dignidade LGBT.
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 Fonte: Nota pulbica no facebook por Jean Wyllys

Adoção gay

Rejeitado por três casais heterossexuais ‘por ser feio e negro demais’, menino é adotado por casal homossexual

casal gay adotado menino
Rejeitado várias vezes, menino hoje mora no Rio com pais adotivos (reprodução/facebook)

O jornalista Gilberto Scofield Jr e seu companheiro, Rodrigo Barbosa, adotaram há quatro meses um menino de quatro anos. Em carta publicada no blog Ser mãe é padecer na internet, do portal Estadão, Scofield falou sobre o processo de adoção e os desafios da paternidade.
Filho de pais alcoólatras, o menino PH vivia em um abrigo na cidade de Capelinha (MG) desde que sua mãe morreu e o pai não quis ficar com ele. Segundo Scofield, antes de ser adotado, ele foi rejeitado por outros três casais heterossexuais, que alegaram que PH era “feio” ou “negro demais“.

VEJA TAMBÉM: Conheça 4 mitos sobre filhos de casais gays

De quebra, Scofield mandou um recado para o presidente da Câmara dos Deputados e defensor do Estatuto da Família, Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
“Não, deputado Eduardo Cunha. A paternidade virtuosa não é um monopólio da heterossexualidade. E caso a sua religião não pregue a tolerância, preste atenção num fato muito simples: toda a criança adotada por um casal de gays ou de lésbicas foi abandonada/espancada/negligenciada por um casal heterossexual, esse mesmo que o senhor julga serem os únicos capazes de criar filhos ‘normais’.”
Segundo dados de 2013 do CNA (Cadastro Nacional de Adoção), existem hoje 5.400 crianças e jovens para adoção no Brasil – 80% delas têm idade acima de nove anos. Apesar da resistência à crianças negras ter caído nos últimos anos, 29% dos interessados em adotar só aceitam crianças brancas. Outros 42,5% são indiferentes.
 

 

para pensar....

Orgulho hétero



Enviado por Sérgio T.
Muito bom, nada como a inteligência combatendo o preconceito...

Orgulho hétero

Orgulho hétero




família é família!



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mais um Absurdo!

Projeto que criminaliza a homofobia será arquivado definitivamente no Senado

Artigo da coluna "ABCDEF...GLS" desta semana do jornal Circuito Mato Grosso

 
Depois de tantas lutas do movimento LGBT pelo Brasil, leio a triste notícia de que com o início de uma nova legislatura em 2015, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara do Senado Federal em Brasília vai realizar o arquivamento de proposições legislativas antigas. O número, contudo, não costuma ser grande, devido às exceções à regra geral.
Nessa situação se encontra o PLC 122/2006, da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), que criminaliza a homofobia. Ele atravessou duas legislaturas sem conclusão, foi arquivado em 2011 e resgatado pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). Como não houve deliberação definitiva (o projeto foi aprovado por apenas uma das três comissões que deveriam estudá-lo), o texto será definitivamente arquivado agora, sem possibilidade de recurso.
A Secretaria-Geral da Mesa deve concluir o processo de arquivamento ainda neste mês.
A comunidade LGBT não deve cruzar os braços e tem que se manifestar nas redes sociais de forma a fazer um enfrentamento maior numa resolução deste impasse que se arrasta há anos.
Se já não cabe mais nenhum recurso, não seria a hora de um novo projeto com um texto mais adequado a tudo que já foi discutido?
Uma ampla visão estabelecida ao longo dessas legislaturas já forneceu dados suficientes para isso.
Aproveite seu voto da última eleição e cobre do seu candidato de confiança um posicionamento sobre esse assunto.
As redes sociais, onde são amplamente vistos assuntos banais e desinteressantes, são uma arma eficaz para ser notado e incomodar (no bom sentido), fazendo com que o foco também seja voltado para as discussões mais sérias.
Pense nisso e comece sua batalha!
 

Mãe emociona com história de filho transgênero

Em vídeo tocante, Renée Fabbish conta a história de Milla, que nasceu em um corpo de menina, mas tem cérebro masculino: "Meu filho merece ser feliz como qualquer outra criança"

                                         
Milla (à esquerda) com a irmã mais velha (Foto: Reprodução/Facebook Renée Fabish)

É quase impossível assistir ao vídeo publicado por Renée Fabbish em seu perfil no Facebook sem se emocionar. Mãe de três filhos, a autraliana escreveu em seu perfil no último dia 28 de janeiro: "Olá, meus amigos e familiares... Adoraria que assistissem a esse slideshow que eu reuni. Ele explica algumas mudanças maiores que estão a caminho para Milla e nossa família. Milla precisa do nosso apoio agora, mais do que nunca".
Sensível, o vídeo conta toda a história de Milla, hoje com 9 anos. Até agora, já foram quase 7 milhões de visualizações e mais de 135 mil compartilhamentos. "Desde muito cedo, Milla insistia em usar cuecas, pijamas e roupas de meninos. Nunca tivemos problemas com isso (...) Aos 6 anos, ela se recusava a vestir roupas de menina", lembra a mãe.
 
saiba mais
Aos poucos, a menina foi crescendo e se tornando cada vez mais depressiva e reclusa. Com lágrimas nos olhos, chegou a pedir à mãe que comprasse algum remédio que a transformasse em um menino. Sem saber o que fazer, os pais a levaram a médicos especialistas e, depois de uma série de exames, ela foi diagnosticada com disforia transgênero ou transtorno de identidade de gênero. Isso significa que, apesar de ter nascido com um corpo que corresponde ao sexo feminino, Milla tem um cérebro masculino.

Drama na escola
Não é nada fácil viver como se estivesse no corpo errado. É o que diz o pequeno, agora de cabelos cortados e tratado pela família como um garoto, no emocionante depoimento no vídeo da mãe. "Está sendo muito difícil na escola agora. As crianças me provocam o tempo inteiro", diz. "As pessoas simplesmente não me entendem. Ninguém quer ser meu amigo. Apenas quero que me aceitem como eu sou", explica.
Quer ver a história completa? Dê o play!
  

Uso dos termos...


       

Fonte: Shutterstock
É preciso conhecer e, principalmente, ensinar os novos conceitos de gênero aos jovens
Educação sexual não costuma ser um tema frequentemente abordado nas escolas fora das aulas de biologia, no entanto, é algo muito presente na vida dos jovens que estão formando suas personalidades e, para tanto, precisam enxergar a escola como um local aberto ao diálogo e a aceitação.

Leia também:
» Confira mais dicas para professores

Nesse sentido, é preciso conhecer e, principalmente, ensinar os novos conceitos de gênero aos jovens. Para ajudar na tarefa de apresentar tais ideias aos estudantes, a Universia Brasil preparou uma lista de palavras relacionadas ao vocabulário dos gêneros. Confira:

Sexo
Essa definição está ligada a fatores exclusivamente biológicos, como os órgãos reprodutores, cromossomos e hormônios. Trata-se da diferenciação entre sexo masculino, feminino ou a intersexualidade, que seria o caso de pessoas com ambiguidades em relação aos caracteres sexuais (órgãos reprodutores, cromossomos e hormônios). Usar o termo hermafrodita para esses casos não é indicado, pois tal palavra costuma se referir apenas a pessoa com características masculinas e femininas nos órgãos reprodutores, o que não abrange a totalidade de possibilidades da intersexualidade.

Gênero
Diferentemente do sexo, que é biológico, o gênero aborda as questões psicológicas, sociais e históricas relacionadas às definições de masculino e feminino. Os comportamentos derivados dessas noções, que são relacionados ao sexo masculino ou feminino, são compreendidos como o papel de gênero.

Identidade de gênero
Esse conceito diz respeito a como as pessoas se identificam em relação aos gêneros masculino e feminino. Não necessariamente uma pessoa se identifica com o gênero relacionado ao seu sexo, o que a caracteriza como transgênero.

Não conformidade de gênero
Nesse caso, são pessoas que não agem de acordo com o papel de gênero relacionado ao seu sexo, por exemplo, mulheres que não se adequam ao comportamento que a sociedade considera feminino. É muito comum que essas pessoas sejam vistas como homossexuais, no entanto, a não conformidade de gênero não está relacionada com a orientação sexual.

Transgênero
Transgêneros são aqueles cuja identidade de gênero é diferente do gênero associado ao seu sexo. A abreviatura Trans* (com o asterisco) se justifica pela grande diversidade de identidades transgêneras, como crossdressers – pessoas que se vestem ou usam acessórios identificados com outro gênero que não o representado pelo sexo, porém, de maneira não relacionada à orientação sexual – travestis, que se vestem e agem como pessoas de outro sexo que não o seu e transexuais, que são aqueles que, por não se identificarem com o próprio corpo, optam por fazer uma mudança cirúrgica nos órgãos reprodutores, entre outras identidades.

Pangênero
Uma pessoa que se considere pangênera não encaixa sua sexualidade em termos binários, ou seja, não se identifica unicamente com os gêneros masculino e feminino, podendo inclusive se identificar com ambos ao mesmo tempo ou com nenhum dos dois. Em muitos casos, é associado à criação de um terceiro gênero, o misto.

Cisgênero
São as pessoas cuja identidade de gênero coincide com o gênero relacionado ao seu sexo, por exemplo, alguém que nasceu mulher e se considera desta forma.

Orientação Sexual
Trata-se da maneira como a pessoa se sente sexualmente atraída por outras. Dentro desse termo se encaixam a heterossexualidade, na qual alguém se interessa por pessoas de outro sexo, homossexualidade, caracterizada pela atração por pessoas do mesmo sexo, bissexualidade, que seria a atração pelos gêneros feminino e masculino, assexualidade, que é a ausência de atração sexual por qualquer gênero e a pansexualidade, na qual a atração ocorre independentemente do gênero, supondo que hajam muitos níveis de gênero além de masculino e feminino.

Devido a grande variedade de termos e de identidades de gênero, surgiu na internet um movimento contra a determinação do gênero pela linguagem, algo que Roland Barthes já classificava como o Fascismo da Linguagem em seu livro Aula, de 1977. Atualmente, é muito comum encontrar textos utilizando a terminologia “el(x)”, a supressão de letras como em “tods” (todos), “ou o uso do e, como em “menines” que costuma ser mais utilizado pela facilidade de pronúncia.


Deputados evangélicos tentam barrar secretaria que tratará de políticas para o segmento LGBT

Publicação: 23/02/2015 18:47 Atualização: 23/02/2015 19:42
Pastor Cleiton Collins reprovou anúncio do governador (Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A.Press) (Nando Chiappetta/DP/D.A.Press)
Pastor Cleiton Collins reprovou anúncio do governador (Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A.Press)
Deputados estaduais ligados ao segmento evangélico se articulam para barrar a criação de uma secretaria-executiva para tratar de questões relativas às minorias, entre elas o segmento LGBT. No último domingo (22), durante a posse do novo bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Antônio Tourinho, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que pretende criar a nova pasta no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Social. Nesta segunda-feira (23), no primeiro dia de atividades dos parlamentares após o Carnaval, o debate sobre a proposta do chefe do Executivo foi bastante caloroso.

Quem subiu à tribuna para tratar do assunto foi o Pastor Cleiton Collins (PP), representante da chamada "bancada evangélica" da Casa de Joaquim Nabuco, composta por sete parlamentares. Apesar de a nova pasta cuidar de demandas ligadas a vários outros segmentos, como negros e indígenas, o deputado se ateve apenas a tecer críticas à "proteção" que estaria sendo dada aos homossexuais. "Tentar levar para as escolas que é normal... Não é normal. Tentar combater as igrejas que pregam a bíblia sagrada como a sua constituição religiosa... Vamos discutir políticas públicas normais voltadas para todos e não para a classe LGBT", destacou.

Apartes de vários deputados ligados à causa evangélica se seguiram ao pronunciamento do Pastor Cleiton Collins. O primeiro deles foi o presbítero Adalto Santos (PSB). O socialista disse que o posicionamento da bancada é de proteger a "família tradicional" e que isso não irá mudar. Na sequência, o deputado André Ferreira (PMDB) afirmou que o estado tem muitos outros problemas para se preocupar e que a criação de uma secretaria para defender o tema dos homossexuais e de outras minorias fica pequeno frente a esses problemas. "A família tradicional é a base da sociedade sadia", arrematou Ferreira ao terminar o seu aparte.

A ofensiva continuou com apartes do deputado Professor Lupércio (SD), que foi ainda mais enfático no seu posicionamento. "Não tenho preconceito, não sou homofóbico. Não tenho nada contra os homossexuais, sou contrário à prática". O representante de Olinda chegou até a citar um trecho da bíblia para não deixar dúvidas quanto ao que defende. "Em Levíticos, há uma passagem que diz: O homem que se deitar com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação, deverão morrer, e seu sangue cairá sobre eles", disse.

Outro a se posicionar contra a proposta foi o Soldado Joel da Harpa (Pros). "O negro nasce negro e continuará negro. O índio nasce índio e também continuará assim o resto da vida. Mas conheço vários homossexuais que deixaram de ser homossexuais e passaram a viver com outros pares, com mulheres. Estamos em um momento de grande crise existencial e moral. A grande maioria das pessoas se sente constrangida por minorias que querem atingir a moral. Daqui a pouco um camarada vai querer fazer sexo com animal e o estado vai criar políticas públicas para a pessoa que quer fazer sexo com animal", criticou.

A primeira a se levantar contra a ofensiva da bancada evangélica foi a deputada Priscila Krause (DEM). Para a democrata, debates como esse são prejudicados pela emoção e, apesar de fazer oposição ao governo, disse ser a favor da criação de instrumentos para fomentar políticas públicas para os segmentos mais vulneráveis da sociedade. "O ideal seria que não precisássemos de políticas específicas para nenhuma minoria, mas infelizmente não é assim. A agressão contra a população LGBT cresceu 460%. Temos que ter cuidado com esses extremismos. Esse questão precisa ser pautada pela tolerância e pelo respeito ao próximo, como tudo na nossa vida. Quando a gente fala em políticas públicas... E aí vocês (bancada evangélica) disseram que elas precisam ser para todos. Precisam, mas com foco nos mais vulneráveis. ", disparou a deputada.

Deputada petista disse que o estado precisa trabalhar para todos os segmentos (Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A.Press) (Nando Chiappetta/DP/D.A.Press)
Deputada petista disse que o estado precisa trabalhar para todos os segmentos (Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A.Press)
A deputada Teresa Leitão também confrontou a ofensiva evangélica. "Se a população mais atingida pelo HIV é a dos homossexuais, não é necessário cuidar disso? O estado tem que se fazer presente sim. Nós temos que trabalhar para os diversos segmentos da sociedade. É importante que nós tenhamos um diálogo para que a casa não fique vista pela sociedade como quem é a favor ou como quem é contra os homossexuais. Pois é isso que vai parecer e isso é o pior dos mundos para o poder legislativo já tão afetado e desacreditado. Então, que esse debate seja em um nível que considere, sobretudo, o nosso papel parlamentar à luz da Constituição que nós juramos respeitar, sem prejuízo de qualquer crença, prática religiosa ou segmento", comentou a petista.

O deputado Edilson Silva (PSol), recém-nomeado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deu um depoimento pessoal para ilustrar o que pensa sobre o assunto. "Sou um ativista da causa LGBT. Tenho uma filha de 23 anos que tem uma relação homoafetiva e ela vai adotar uma criança e me dará um neto. Nossa família quer que ter os direitos como qualquer outra família. O que nós estamos tratando aqui não é da vida sexual das pessoas e sim da vida civil, de igualdade de direitos.  Nós não vivemos apenas entre pessoas que aceitam o que está escrito nas sagradas escrituras. O que é para todo mundo é o artigo 5º da Constituição. O artigo serve para os islâmicos que vivem aqui, para os ateus, para os evangélicos, para todo mundo. É o guarda-chuva que serve para todos. O guarda-chuva aqui é outro, não é a Bíblia. Temos que ter um parâmetro e o parâmetro não pode ser escritos religiosos. O parâmetro é a lei", ponderou.

Ao fim da sessão, o líder da oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), pediu que os governistas e o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Edilson Silva, se articulassem para que o governo não enviasse um decreto com a criação da secretaria-executiva, e sim um projeto de lei que pudesse ser analisado pelos parlamentares. O líder do governo, Waldemar Borges (PSB), afirmou que o governo socialista sempre olhou pelas minorias. "Uma casa como essa tem sim que fazer um debate sobre esse tema, de maneira equilibrada, de maneira a se respeitar a opinião e o ponto de vista de todos", finalizou.
 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Com 'bênção' da igreja, transgênero vence preconceito e vira técnica na Itália

Marina Rinaldi, técnica transgênero
Apesar de ser ligado à Igreja Católica, o time de San Michele Rufoli contratou Marina como treinadora
Marina Rinaldi, de 33 anos, é a primeira treinadora de transgênero de um time de futebol masculino na Itália.
A convite do pároco local, desde agosto de 2014, ela é a responsável pelo comando do San Michele Rufoli, um time da cidade de Salerno, a cerca de 60 km de Nápoles.
O San Michele disputa a quarta divisão do futebol italiano.
¨Pedimos à Marina que criasse esta equipe de futebol porque ela sempre esteve envolvida em projetos sociais destinados aos jovens da nossa comunidade¨, conta à BBC Brasil Michele Alfano, um dos padres responsáveis pela paróquia.
Mas Marina não é uma técnica de futebol improvisada. Antes de se submeter aos tratamentos hormonais e à cirurgia para mudança de sexo, em julho de 2013, jogou no gol de times da região de Salerno por mais de dez anos. Foi ainda treinadora de equipes juvenis de diferentes clubes.
Com a decisão de se tornar mulher, a carreira foi suspensa.


"Depois de começar a usar salto alto, eu já não pensava em vestir novamente o agasalho", diz Marina à BBC Brasil.
"Treinar esta equipe tem sido uma experiência gratificante principalmente pelo aspecto social, pois muitos destes jovens vêm de áreas menos favorecidas e nos veem como uma oportunidade para seguirem uma carreira profissional no futebol".

Troca de sexo

Desde criança, Marina sentia-se menina.
"Tinha os mesmos interesses de outras garotas. Gostava de histórias de princesas. Na escola, queria usar avental branco e não azul", lembra.
"Na primeira série, apaixonei-me por um colega de classe. Mas o período mais difícil foi a adolescência, quando eu me identificava com personagens femininos que via na TV. Queria me vestir de mulher e me apaixonava sempre por garotos".
"Por medo de decepcionar minha família, principalmente meu pai, que também jogava futebol, mantinha tudo em segredo e descarregava toda a minha frustração nos treinos e nas partidas".
Aos 24 anos, Marina resolveu procurar ajuda médica e contar aos pais que se sentia mulher. A reação a surpreendeu.

Marina Rinaldi
A transgênero conta ter recebido apoio supreendente da família, que bancou até cirurgia na Tailândia
"Eles me deram apoio total, inclusive econômico", conta.
Apesar de ter feito na Itália o tratamento psicológico e hormonal preparatório para a mudança de sexo, a cirurgia de reconstrução genital foi realizada em Bangkok, na Tailândia, considerado um dos países mais avançados neste tipo de operação.
A cirurgia para a construção dos seios e as despesas jurídicas para mudança de nome também ficaram por conta da família.
"Tenho a sorte de poder contar com meus pais e meus amigos. Sou muito católica e acredito que a felicidade esteja nas coisas simples. Adoro o lugar onde vivo, nunca me senti discriminada e sou feliz por ser uma mulher do sul da Itália", explica Rinaldi.

Técnica severa e rigorosa

Dentro do campo, Marina diz ser uma técnica severa e rigorosa.
"Uma mulher treinando uma equipe masculina é algo inusitado e entendo que nossos jogadores possam sentir-se responsabilizados por isso também".
A equipe de San Michele Rufoli é formada por cerca de 30 jogadores, com idade entre 18 e 28 anos.
Time de San Michele
A experiência com Marina fez o San Michele pensar em ampliar projeto esportivo-social
O time espera abrir agora uma nova equipe, voltada para adolescentes com idade entre 14 e 16 anos.
"Queremos que mais jovens possam se aproximar ao futebol, não apenas como um oportunidade de socialização ou de carreira no mundo esportivo, mas, principalmente, como uma possibilidade moral, em um país onde a moralidade tem sido deixada de lado em diferentes âmbitos", afirma a italiana, que disse sonhar em visitar o Brasil fora dos circuitos turísticos.
A treinadora diz não se importar com eventuais críticas e afirma contar com uma grande torcida.
"Tenho recebido tanto apoio e incentivo por parte de amigos e jogadores profissionais que fico até sem jeito. No final, o que importa é o resultado do meu trabalho".


Agradecimento a acadêmica Talyta Rezende pela indicação da reportagem disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150221_transgenero_italia_futebol_fd

Fotografia Premiada

Pare o que você está fazendo por menos de 5 minutos.
Parou? Agora veja a fotografia abaixo.
foto lgbt rússia
Ao mesmo tempo em que ela retrata uma cena delicada e íntima de um casal LGBT russo – Jon e Alex –, ela tem um grande significado político.

Assinada pelo fotógrafo dinamarquês Mads Nissen, a obra ganhou o prêmio World Press Photo deste ano e simboliza a extrema opressão que a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) sofre na Rússia.

Naquele país, os LGBT vivem situações como proibição de "propaganda gay", de casamento, restrição de adoção de crianças russas para casais cujo país permite o casamento gay e extrema violência.

Segundo a Folha de S.Paulo, a situação política contribuiu com a premiação da foto de Nissen. Segundo Pamela Chen, jurada desta edição da WPP, o júri procurava por uma foto que "poderia importar amanhã, e não apenas hoje".

Agradecimento a acadêmica Kamila Cunha pela indicação da matéria disponível em:
http://www.brasilpost.com.br/2015/02/20/fotografia-gay-russia_n_6722298.html?utm_hp_ref=brazil&ir=Brazil

SEMINÁRIOS - LISTAGEM DE TEXTOS E GRUPOS

SEMINÁRIOS       
Atividade Integrante: Sexualidade(s) e infância(s)
Profª Me. Amanda Leite

INFÂNCIAS, SEXUALIDADES, CURRÍCULO E IMAGINAÇÃO
TEXTOS BASE
DUPLA
01 – As crianças em... é de menino ou de menina? As
relações de gênero nas histórias em quadrinhos
infantis (Marta Regina Paulo da Silvam)
Rosana, Rebeca
12/03/15
02 – Como em um passe de mágica: princesas, consumo e performances na construção do gênero na infância (Michele Escoura)
Rayelle - ok
03 – A) Afinal quem é o pedófilo (Jane Felipe);    -    B)  Gênero e sexualidade nas pedagogias Culturais: implicações para a Educação Infantil (Jane Felipe)

INFÂNCIAS, MULHERES, CORPO E SEXUALIDADES
04 – Pequenas mulheres? Investimentos e práticas corporais de embelezamento na infância (Bianca Salazar Guizzo)
Iara, Celia (05/03/15)
05 - Piriguetes em cena: uma leitura do corpo feminino a partir dos pagodes baianos (Clebemilton Gomes do Nascimento)
Aline, Dayanne - ok
EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA (12/03/15)
06 – A) Orientação sexual nos parâmetros curriculares nacionais (Helena Altmann);   -  B) A construção escolar das diferenças (livro – GUACIRA L. LOURO, p. 57 – disponível no blog)
Jairo, Maylli (12/03/15)
07 – A) Interfaces entre infância, gênero e escola: dialogando com crianças (Debora Sostisso); - B) Educação sexual na escola: o conhecimento científico como critério de verdade (Helena Altmann)
Giovanna , Virginia (05/03/15)
08 - Relações de gênero: educação e infância (Anelice Maria Banhara Figueiredo; Aline Fátima Banhara)

CORPO, IDENTIDADES, RELAÇOES DE GENERO E SEXUALIDADES
09  -  A) Intersexo, identidade e correção cirúrgica (Shirley Acioly Monteiro de Lima);   -  B) Qual o lugar da “proteção” na intersexualidade? (Anacely Guimarães Costa)                   

10  Pedagogia dos corpos retos: das morfologias disformes às carnes humanas alinhadas  (Carmem Soares)                    
Welton, Thamires (05/03/15)

Para a apresentação, siga o roteiro enviado por e-mail.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Edição de Fevereiro/2015

Lançada na quarta-feira (11), a edição de fevereiro de NOVA ESCOLA convida os educadores ao debate sobre as questões de gênero e sexualidade. Para isso, a revista estampou na capa uma foto do britânico Romeo Clarke, 5 anos, vestido com uma fantasia de princesa e uma provocação: "Vamos falar sobre ele?". A reportagem traz, com exclusividade, o download do Escola sem Homofobia, material didático que ficou conhecido como "kit gay" e teve sua distribuição suspensa pelo governo federal em 2011.

Até a manhã desta sexta-feira, o texto, hospedado no site de NOVA ESCOLA, recebeu mais de 89 mil visitas. A nota com link para download foi vista mais de 13 mil vezes. Já a capa, divulgada no Facebook, chegou a 3,3 milhões de visualizações, 23 mil curtidas, 11 mil compartilhamentos e quase 2 mil comentários. O alcance já é 31 vezes maior que o do lançamento da capa anterior, da edição dezembro 2014/janeiro 2015, que atingiu mais de 107 mil pessoas na rede social.

Beto de Jesus, secretário para América Latina e Caribe da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, pessoas Trans e Intersex, comemorou o sucesso da reportagem e a divulgação do kit Escola sem Homofobia: "Nós não poderíamos deixar de disponibilizar esse material para a população, para que os professores discutam e reproduzam. Nossa intenção é combater toda forma de violência e discriminação. Foi no momento certo, acompanhando uma capa importante da revista, e nós ficamos felizes com a repercussão".

Os comentários nas redes sociais demonstraram que as questões de gênero rendem debates acalorados. "É um tema muito delicado e complicado de lidar em sala de aula. Carece sim de muitas leituras e estudos, pois qualquer atitude dos profissionais da escola e famílias sem o devido embasamento pode ser extremamente danoso para a criança", opinou Júlio Costa no Facebook. Já Bia Melo falou da necessidade de debate: "Os comentários que a gente lê aqui reforçam a importância da discussão do assunto, de uma capa como essa. Há tanta desinformação e tanto preconceito que chega a ser preocupante". Gilvania Ferreira comentou: "O olhar humano é malicioso e sempre deturpa as coisas. Se ele se sente bem com roupas ditas femininas, quem é que pode dizer para não usá-las? Assim como as roupas, os brinquedos também são criados com a intenção de diferenciação entre os sexos. Portanto, se estamos educando crianças livres em suas escolhas, não podemos determinar com que tipo de brinquedo podem brincar".

Muitos leitores discordaram da abordagem da revista. Juan Tutiya comentou no Facebook: "Não ao kit gay nas escolas, não à feminilização dos que nascem com o sexo masculino e não à masculinização das que nascem com o sexo feminino, cada um com seu papel". Já a internauta Patrícia Nunes defendeu que isso não é assunto da escola: "Professor não é pai e mãe, professor ensina, os pais são responsáveis por valores éticos, morais, religiosos, enquanto os filhos são menores de idade (...) com um aluno assim, o professor deve simplesmente contatar os pais e relatar o ocorrido para que os mesmos, como responsáveis legais, decidam o que fazer".

A capa também gerou comentários no Instagram. Sylvia Assis escreveu: "Vamos falar sobre ele? Vamos ser maduros pra isso? Não vamos permitir que essas crianças sejam expulsas da escola, da família e da sociedade?".

Como é ser menina no Brasil

Como é ser menina no Brasil?
 
 
Por incrível que pareça, a resposta é: “não é fácil”. Nem bem a menina começa a se socializar, já vivencia os problemas da desigualdade de gênero que afeta o seu desenvolvimento. Pelo menos é o que indica uma pesquisa recém-divulgada e que vale a pena você, profissional da Primeira Infância, conhecer.
 
A pesquisa inédita “Por ser menina no Brasil: crescendo entre direitos e violências”, realizada pela ONG internacional Plan, que atua para garantir os direitos da criança, traz dados bem preocupantes.
Um deles é que a tal expressão “jornada dupla”, que muitas mulheres vivenciam, especialmente depois de ter filhos (trabalham fora e precisam dar conta das atividades domésticas), já é praticada na infância.
Das 1.771 meninas ouvidas, entre seis a catorze anos, nas cinco regiões do País, 81,4% revelaram que arrumam a própria cama, tarefa que só é executada por 11,6% dos irmãos meninos; 76,8% lavam a louça e 65,6% limpam a casa versus, respectivamente, 12,5% e 11,4% dos irmãos que fazem essas tarefas.
O cenário do estudo contou com vários contextos e pode avaliar como eles interferem nessa desigualdade. Verificou-se, por exemplo, que o trabalho doméstico das meninas é mais presente na zona rural (74,3% delas declararam limpar a casa) do que no meio urbano (67,6% para meninas de escolas públicas urbanas e 46,6% das alunas de escolas particulares urbanas).
Vale ressaltar que os pesquisadores admitem que a cooperação nas atividades domésticas é um fator importante ao desenvolvimento de meninas e meninos, no entanto, o que se viu pela pesquisa é a existência de uma sobrecarga dessas atividades, especialmente para as meninas. Em muitas famílias, desde cedo cabe a elas o papel de cuidadoras. Ganham bonecas e fogõezinhos para brincar e arrumam a própria cama ou lavam a louça enquanto os irmãos vão jogar bola. Quem já não ouviu a velha frase de que “cuidar da casa não é coisa de menino”?
Quando as mães dessas meninas trabalham fora, a sobrecarga aumenta, assumindo mais responsabilidades na casa e cuidando dos irmãos.
Há meninas que faltam às aulas ou deixam de fazer a tarefa de casa por conta dessas atividades que não são próprias ao seu desenvolvimento. Privá-las de uma rotina de estudos, além de tirar-lhes o direito ao brincar sadio e livre, só trará consequências negativas ao seu bem-estar presente e futuro.
Outros dados que preocupam, mapeados pela pesquisa: 13,7% das meninas de seis a catorze anos declararam que trabalham ou já trabalharam fora de casa; 2,3% afirmaram que estão procurando trabalho; 10,6% não quiseram responder a essa pergunta. Entre as meninas que trabalham, 37,4% afirmaram que fazem serviços domésticos na casa de outra pessoa.
Os pesquisadores perguntaram às meninas quem cuida delas no dia a dia. Algumas citaram mais de uma pessoa, mas o placar final foi de 76,3% para as respostas “mãe”, 26,8% para “pai” e 15,6% para “avó”. Ou seja, existe uma forte influência da cultura machista brasileira que acaba retirando do homem o direito de ser o cuidador.
Vale a pena conhecer a pesquisa completa, disponível para download gratuito no site da ONG. Com certeza ela suscitará ótimas reflexões no seu trabalho junto às famílias e à criança pequena.
 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Estudo mostra que crianças trans identificam seu gênero no mesmo tempo que crianças cisgeneras


 
Muitas pessoas não acreditam que uma criança tão nova possa identificar corretamente seu gênero. No entanto, um novo estudo mostra que crianças transexuais descobrem sua identidade no mesmo tempo que crianças cisgeneras.
 
A identidade de gênero é um tema confuso para a maioria das pessoas, e as coisas ficam ainda mais confusas quando são as crianças e jovens que estão em tópico. Angelina Jolie e Brad Pitt tiveram uma surpresa quando sua filha Shiloh (na foto acima) passou a se identificar como um menino, pedindo para ser chamada de John. Brad Pitt e Angelina Jolie desde então dão todo apoio ao seu filho, mas nem toda família é assim.
 
Pesquisadores da Universidade de Washington, liderada pelo psicólogo e fundador do Projeto Trans Youth Kristina Olson, descobriram que os jovens que reivindicam um gênero diferente do que lhes foi atribuído de nascença são tão conscientes quanto crianças de sua idade que não são trans. Esse estudo foi publicado pela Psychological Science.
 
O estudo foi realizado com 32 crianças transexuais, que vivem em tempo integral como o sexo identificado por elas e em ambientes de total apoio da família. Nenhum deles tinha atingido a puberdade ainda, de acordo com ThinkProgress. O estudo utilizou um Teste de Associação Implícita para medir a velocidade em que os participantes associavam aspectos de gênero com a sua própria identidade, muitas vezes de forma automática e subconsciente.
 
Em uma entrevista com KUOW em Seattle , a Olson esclareceu que este estudo foi feito com crianças que invocam o seu sexo em uma idade muito precoce. "Às vezes a gente ouve pais que dizem: 'Bem, você pode ser apenas um garoto que gosta de usar vestidos ', e o garoto diz: 'Não, não é o vestido. Eu sou uma garota'. Essa é a diferença crucial entre um menino que gosta de coisas de garotas e um garoto que diz que é uma menina. Em outras palavras, nem toda criança que explora ou experimenta coisas de outro gênero é necessariamente transexual. No entanto, quando as crianças afirmam uma identidade de gênero, isso deve ser considerado como uma experiência tão autêntica quanto os de crianças cisgeneras."
 
 
A Olson também ressaltou a importância de os pais apoiarem a identidade de gênero de seus filhos e destacou no estudo a forma como muitos dos pais tiveram reações negativas inicialmente, quando seus filhos afirmaram que eles eram um gênero diferente do que o que nasceram. A falta de aceitação por parte dos pais e familiares pode causar graves conseqüências na saúde mental da criança, incluindo a fuga, auto-mutilação, e até mesmo suicídio.
 
Leelah Alcorn, uma adolescente transgenera, tirou sua vida em 28 de dezembro de 2014, e com a morte dela veio a notícia internacional de sua nota de suicídio em seu Tumblr. Na carta, ela falou sobre as experiências de crescer em um lar cristão, com pais que tentaram levá-la para participar de terapia de conversão. Ela escreveu: "minha morte deve significar alguma coisa. Minha morte precisa ser somada ao número de pessoas transexuais que cometeram suicídio este ano. Eu quero que alguém olhe para esse número e diga 'caralho, que merda' e que corrija isso. Corrija a sociedade. Por Favor. "
 
De acordo com um estudo de 2007 da American Association of Suicidology, quase metade dos jovens transexuais pensam seriamente em suicídio, e cerca de 25 por cento deles já tentaram pelo menos uma vez tirar a própria vida.
 
Os pais das crianças estudadas pela Olson disseram que os médicos responsáveis pelo estudo lhes disseram: "Ou vocês terão uma criança viva, com o gênero diferente do que vocês imaginaram que seria, ou uma criança morta."
 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Uma conversa sobre as curiosidades das crianças...

Seminário no Câmpus de Miracema debate práticas educacionais voltadas para crianças




Formação e identidade profissional, sexualidade e modos e lugares de produção foram alguns temas debatidos no III Seminário "Crianças e Práticas Educacionais" do Câmpus de Miracema da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O evento foi realizado nos dias 23 e 24 de janeiro e marcou o início das aulas da nova turma da pós-graduação lato sensu em Docência na Educação Infantil. A diretora do câmpus, Vânia Passos, a professora Amanda Leite e a professora Edivângela Gregório, da Secretaria de Educação de Palmas, foram as palestrantes do seminário.
(Foto: Rodrigo Mamédio/UFT)
(Foto: Rodrigo Mamédio/UFT)

O curso de especialização em Docência na Educação Infantil é coordenado pela professora Ana Corina Spada e tem como público-alvo professores, coordenadores, diretores de creches e pré-escolas da rede pública e equipes de educação infantil dos sistemas públicos de ensino. Entre outros objetivos, a pós-graduação visa propiciar a esses profissionais oportunidades para discutir em profundidade especificidades das crianças de acordo com a faixa etária, relacionando-as com as práticas pedagógicas, bem como políticas públicas do setor e seus impactos e outros temas relacionados.
(Foto: Rodrigo Mamédio/UFT)
(Foto: Rodrigo Mamédio/UFT)


Mais informações no site www.uft.edu.br/pos_docencia.