Meses atrás, um vídeo viralizou ao redor do mundo. Uma mulher de barba soltava sua bela voz nos palcos do Eurovision – tradicional concurso europeu de música. Tratava-se da transgênero austríaca Conchita Wurst, de 25 anos, que, no último final de semana, se tornou a ganhadora do show.
A cantora, que surpreendeu pelo visual, foi rapidamente adotada por movimentos europeus defensores da diversidade sexual e de gênero. Consequentemente, a vitória de Conchita acabou dando conotação política ao concurso. Na Rússia, onde a homossexualidade é combatida pelo Estado, governantes deram declarações como “o fim da Europa” e “nós erramos ao libertar a Áustria”. Em seu país natal, uma pesquisa de um jornal sensacionalista concluiu que 79% dos austríacos não se orgulhavam da candidata.
Tratada como “drag queen”, “travesti”, “mulher barbada” e “trans” por público e mídia, Conchita não se encaixa, para muitos, em nenhuma definição existente de gênero, mas parecia não se importar em combater o preconceito a cada vez que subia ao palco.”Esta noite é dedicada a todos que acreditam em um futuro sem discriminação, de paz e liberdade”, disse após a premiação.
No vídeo abaixo, a performance ganhadora da cantora, interpretando a canção “Rise like a Phoenix”.

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