Como um Sansão às avessas, Tereza Brant, uma menina de
classe média (ex-alta) de Belo Horizonte só conseguiu encontrar a
'força' depois de cortar o cabelo. Então virou... Tereza Brant, uma
menina com voz, corpo e rosto de menino que adora ser Tereza. O menino
encantador, sexy e de sorriso solto é o novo sucesso entre adolescentes
nas redes sociais. Cada foto publicada no Instagram gera mais de mil
curtidas, muitos compartilhamentos e comentários de todos os tipos, como
"Mesmo sendo uma mulher heterossexual, você é o macho que eu quero",
"Por você eu viraria lésbica", "Nossa, você é lindo" -, e, no Facebook
acumula mais de 30 mil seguidores. Está confuso (a)? “Não vim ao mundo
para explicar, mas para confundir. Não gosto de nada fácil”, afirma a
moça, discorrendo com tremenda tranquilidade sobre suas escolhas. Mas a
maioria das pessoas passa horas discutindo sobre o assunto quando se
depara com uma foto de Tereza, no RG Tereza Christina Silva Borges,
tentando encontrar uma explicação, que para ela não existe. “Sinto-me
bem assim e não vou deixar de ser eu mesma”. O fascínio e a curiosidade
das pessoas só fazem crescer e, com isso, sua popularidade. "É uma
loucura, estou sem saber o que fazer com isso tudo. As pessoas me param
nas ruas", diz Tereza. Ela começou a fazer tratamento com hormônios
masculinos para dar uma ‘bombada’ há nove meses, quando viu que os
amigos cresciam e ela continuava franzina. Tereza não quer mudar de nome
nem se tornar homem, só na imagem, cujo único critério para a
transformação foi o espelho. "Costumava namorar meninos, mas faltava
alguma coisa. Quando cortei o cabelo e meu vi no espelho, adorei, mas
parecia que tinha parado no tempo e queria também ver mudanças, externar
o que eu sentia de dentro para fora. Foi aí que comecei o tratamento.
Me dou muito bem sendo menino e expondo isso. Já mudei bastante, os
músculos cresceram, a voz engrossou, só estou odiando os pelos crescendo
por toda a parte. É uma coisa horrorosa”, diz ela. Pretende fazer
alguma cirurgia? “Só nos seios, que depois que comecei o tratamento
viraram uma muxiba da vovó, mas ainda não sei quando. Quando a pessoa me
vê sem camisa, ela fica literalmente confusa e quando descobre que sou
mulher, só piora”, afirma.
E seus pais? "Sou filha única e minha mãe sempre teve um relacionamento aberto comigo. Sempre disse: 'te amo do jeito que você é'. Meu pai sempre me deu todo respaldo possível. Tudo é mais simples do que parece", diz ela, que não foge de nenhuma pergunta, como por exemplo, se prefere meninos ou meninas. "Até os 16 ficava com meninos, mas depois que cortei o cabelo passei a ficar com meninas. O que importa é o ser humano. Se dá para aprender com os dois, porque escolher um só?", diz ela, que recebe cantada de todos os lados, gays, héteros, bissexuais e principalmente meninas muuuuito novas, de 13 a 17 anos.
E seus pais? "Sou filha única e minha mãe sempre teve um relacionamento aberto comigo. Sempre disse: 'te amo do jeito que você é'. Meu pai sempre me deu todo respaldo possível. Tudo é mais simples do que parece", diz ela, que não foge de nenhuma pergunta, como por exemplo, se prefere meninos ou meninas. "Até os 16 ficava com meninos, mas depois que cortei o cabelo passei a ficar com meninas. O que importa é o ser humano. Se dá para aprender com os dois, porque escolher um só?", diz ela, que recebe cantada de todos os lados, gays, héteros, bissexuais e principalmente meninas muuuuito novas, de 13 a 17 anos.
Tereza não consegue listar um único inconveniente em seu cotidiano –
atualmente ela divulga festas de música eletrônica (não gays) na capital
mineira e teve que parar de estudar por problemas financeiros, mas
pretende cursar faculdade de medicina -, e não tem um caso de rejeição
para contar, nem quando as meninas – que ainda não a conhecem –
acreditam que ela seja um gato na noitada. “Nunca passei por homem se
não fosse por brincadeira. Quando me apresento falo meu nome normal, mas
já aconteceu de eu brincar com a minha ‘dupla personalidade’ e a menina
ficar bem chateada”, diz. “Nunca vou mudar e gostaria que as pessoas me
entendessem e pensassem como eu. As pessoas precisam ter a mente mais
aberta e precisamos de pessoas com ideias diferentes para fazer o mundo
ficar melhor. Adoro ser um tapa na cara das pessoas”, diz Tereza, que
não vê problema em fazer parte de uma ONG ou grupos trangêneros.
“Apoiaria todas as causas, porque as pessoas querem ser tratadas com
respeito independente da postura. A gente só quer ser levado a sério”,
diz. Pretende ser mãe? “Me vejo como o melhor pai do mundo, mas nunca
pensei em gerar filhos, vê-los saindo de mim. Mas quero casar e, quem
sabe, adotar”. Alerta: mesmo com tanto assédio, Tereza está solteira e
avisa: "Passei da fase de pegadora. Lógico que reparo em homens bonitos,
mas com mulheres faço questão de dar minha opinião. Mulheres são bem
mais sensuais". E, mesmo querendo estudar medicina, Tereza tem um sonho:
"Adoro posar para fotos, atuar e cantar. Meu sonho é trabalhar na TV
Globo".
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