Com poucos manifestantes presentes, a Comissão de
Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados conseguiu aprovar nesta
terça-feira o projeto de decreto legislativo que trata da "cura gay".
Desde que o presidente da comissão, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), foi
indicado para ao colegiado, a CDH se tornou palco de manifestação entre
ativistas pelos direitos humanos e pastores evangélicos apoiadores de
Feliciano.
O que se viu hoje na comissão, no entanto, sequer lembra
os dias de ocupação do plenário do colegiado, em que manifestantes
chegaram a ser detidos e impedidos de entrar na sala onde ocorriam as
reuniões da CDH. Antes, os ativistas gritavam palavras de ordem e
chegavam a atrapalhar os trabalhos. Hoje, apenas cerca de 10
manifestantes seguravam cartazes e aplaudiam o deputado Simplício Araújo
(PPS-MA), único a discursar contra o projeto da "cura gay".
A proposta altera uma resolução do Conselho Federal de
Psicologia (CFP) e suspende a vigência desse documento, que proíbe
psicólogos de atuarem para mudar a orientação sexual de pacientes e
considerar a homossexualidade como doença. Há quase 30 anos a
homossexualidade foi excluída da Classificação Internacional das
Doenças. Em seu relatório, Anderson Ferreira defendeu que a orientação
do conselho impede que homossexuais "mudem" sua orientação com a ajuda
de um profissional.
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