sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Professores homossexuais são demitidos após lei homofóbica

Homofobia se alastra na Rússia e atinge profissionais de diversas esferasA lei contra “propaganda gay” aprovada na Rússia este ano não se restringe apenas a proibir que gays saiam do armário na frente de crianças como o governo quer fazer acreditar. Mesmo que fosse “apenas” isso já seria condenável, mas ela tem cerceado a comunidade LGBT de muitas outras formas.

Dois professores, por exemplo, um gay e uma lésbica, foram demitidos após a legalização dessa proibição. Alexander Yermoshkin, de 38 anos, professor de geografia há 18 anos, perdeu o emprego porque participa de uma ONG arco-íris há quatro anos. 

Já Olga Bakhaeva, de 24 anos, que ensina história, foi desligada do colégio após ser identificada como LGBT em um perfil de rede social (ela comentava sobre a perseguição escolar de outro professor homossexual). Pessoas que se passaram por jornalistas ligaram para a escola onde lecionava e tiveram acesso a seus dados. Depois, passaram a ligar pedindo que fosse demitida. 

A gota d’água foi quando o pai de um aluno alegou que a criança visitou o perfil de Olga e que a mesma foi exposta a “propaganda gay”. Ela foi demitida e não conseguiu outro emprego ainda. “Eu não seria capaz de me olhar no espelho sem desgosto. Eu parei de escrever sobre questões LGBT na minha página, eu só escrevi sobre política. Acontece que eu não tinha permissão para escrever sobre política também. Gatinhos sim, política não”, disse a professora.

 
Agradecimento ao acadêmico Antoninho pelo envio da matéria.

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