terça-feira, 7 de outubro de 2014

Carrefour cria Guia da Diversidade e proíbe a homofobia, inclusive por motivo religioso

Os funcionários da empresa francesa de supermercados Carrefour no Brasil receberam este ano a cartilha Guia da Diversidade, com perguntas e respostas com objetivo da inclusão do tema LGBT entre seus colaboradores, onde há o capítulo “Como tratar pessoas LGBTs”. A empresa aderiu ao grupo que apoiou a cartilha da ONU “Construindo a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho: combatendo a homo-lesbo-transfobia”, lançada esta semana, no Instituto Carrefour, e mostra que já está fazendo o dever de casa.
“Duas pessoas do mesmo sexo podem beijar em público?” questiona o material didático interno que responde e ensina que o mesmo direito dado aos casais heterossexuais é dado aos casais gays e lembra que são famílias, pois o casamento gay é reconhecido no Brasil, e que estes podem se expressar afetivamente em público. Sobre interferência em caso de abuso, o documento diz que só é permitido em caso de sexo ou obscenidades, como diz a lei, caso contrário o funcionário não estará seguindo as normas da empresa se interromper uma simples manifestação de afeto.
O manual ainda questiona a questão das transexuais e afirma que elas podem trabalhar na empresa, que devem ser chamadas pelo nome social, por respeito, inclusive em crachás, e merecem o melhor tratamento, seja funcionária ou cliente, e que a pessoa utilizará o banheiro referente ao gênero que se identificar e optar ser tratado.
O documento fala ainda que a homofobia é inaceitável para o Carrefour e que o funcionário que por motivo religioso não se sentir confortável deve, mesmo assim, aderir às normas da empresa e praticar o respeito em qualquer situação.
Em setembro de 2006, duas transexuais foram alvo de chacotas por funcionário da empresa em uma unidade em São Paulo e foram indenizadas em R$15 mil. Outro caso em Piracicaba, no ano seguinte, um gay acusou seguranças de homofobia. Uma ex caixa da rede chamada de "sapatona" pelas colegas de trabalho recebeu R$15 mil de indenização no ano passado.

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