por Jean Wyllys

Ontem a educação de qualidade sofreu um revés. Hoje, em todos os fóruns de educação, discute-se o problema da violência de gênero nas escolas. Um problema que deveria ser combatido, mas que o parlamento determinou que não será. Não será porque, na cabeça de alguns, tratar de "gênero" será uma forma de desconstruir a identidade de gênero de meninos e meninas, para que eles possam escolher, mais velhos, se serão cis ou transgêneros - ou, como pensam estes, se vão querer ser gays ou não -. Acreditam que tratar de gênero nas escolas será proibir comemorações de dia dos pais ou das mães. Basta uma rápida pesquisa no youtube por "ideologia de gênero" para entender a razão deste entendimento e os interesses por trás dele.
A escola perde a oportunidade de ultrapassar limites mecanicamente impostos pela sociedade, onde a menina tem que ser educada para cuidar do lar. Onde a agressividade do menino é entendida como parte de sua formação, mesmo que leve à violência escolar. A escola perde a chance de formar alunos prontos à vida em uma sociedade diversa, respeitando as diferenças que existem entre todos nós. Perde a chance, também, de se tornar um ambiente acolhedor, livre do bullying. Nada disto interessa aos que se sentem vitoriosos com a retirada dos pontos que fazem referência à promoção da igualdade de gênero.
Na foto deputado Bolsonaro provoca manifestantes com mensagem "Volta para o zoológico"
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