O caso aconteceu nesse fim de semana em Dorset, na Inglaterra, na loja Tesco. Em seu blog, Karen cole, a mãe da menina, disse que fotografou a indignação de Maggie apenas para mostrar aos amigos no Facebook e se surpreendeu com a repercussão do caso. "Eu estava distraída procurando alguma coisa e não teria percebido (o adesivo) se ela não tivesse apontado", contou Karen, que começou a explicar à filha que brinquedos não devem ter gênero no ano passado - e ela não esqueceu a lição.
"No passado ela reclamou que alguns amigos estavam dizendo que alguns brinquedos são para meninos e outros para meninas. Expliquei que eles estavam errados. Se os brinquedos parecem divertidos, então todo mundo poderia brincar com eles. Ela poderia brincar com cavaleiros e dragões (a mania dela na época) e meninos poderiam brincar com bonecas e panelinhas se quisessem. Concordamos que 'todo mundo pode gostar do que quiser'", recordou. "Fiquei muito feliz que ela lembrou daquela conversa e me impressionei com sua indignação", ressaltou.
A expressão engraçada de Maggie na foto que se espalhou na internet já demonstra seu bom humor. "Estávamos andando pela loja quando ela começou a falar que seria muito legal se o Flash (personagem da DC Comics) estivesse lá. Eu concordei e sugeri que poderia dar a nossa lista de compras a ele para que comprasse todas as coisas muito mais rápido do que nós havíamos planejado. 'Não seja boba, mamãe. O Flash é rápido demais para fazer compras'", escreveu Karen.
Os amigos virtuais também adoraram a foto e a opinião da família e sugeriram que Karen mandasse uma mensagem para a Tesco e a associação Let Toys Be Toys, que luta para eliminar a segmentação dos brinquedos em gêneros específicos. A esperança era apenas que a Tesco visse as mensagens e, quem sabe, retirasse os adesivos - o que aconteceu muito mais rápido do que elas imaginavam.
"As crianças pequenas muitas vezes acreditam no que escutam e leem, e, se sempre veem mensagens dizendo que algo é 'para meninos' ou 'para meninas', elas podem começar a acreditar nisso, especialmente se os seus amigos também estão vendo essas etiquetas e zombando delas no colégio", ressaltou Karen. "Lembram do menino que tentou se suicidar neste ano porque os amigos fizeram bullying por ele gostar de My Little Pony (caso ocorrido em fevereiro, nos Estados Unidos)? É por isso que esses avisos e etiquetas são prejudiciais. Não é porque a minha filha não gostou deles, mas porque crianças estão sendo provocadas e intimidadas por não agirem conforme as regras de gênero determinadas", concluiu.